O presidente do PSDB, Bruno Araújo, afirmou que a legenda não lançará candidatura própria à Presidência da República caso não receba apoio de outros partidos, como MDB e União Brasil. A declaração foi registrada pelo jornal Folha de S. Paulo na terça-feira 12.
“Sozinho o PSDB não sai. É preciso termos outros partidos conosco por uma questão de capilaridade nacional da candidatura”, destacou o tucano durante a homenagem ao ex-prefeito Bruno Covas.
A intenção inicial do partido era lançar João Doria, vencedor das prévias, como candidato ao cargo. O tucano, no entanto, não tem crescido nas pesquisas e enfrenta resistência dentro de diversos setores do PSDB, onde parte dos líderes defende a candidatura de Eduardo Leite, ex-governador do Rio Grande do Sul.
Contra Doria pesam ainda as negociações com outros partidos citados por Araújo. A expectativa é que MDB, União Brasil, PSDB e Cidadania se unam em torno de um único nome da chamada terceira via. A costura, no entanto, também enfrenta impasses.
Na negociação, o nome de Leite ganhou mais força que o de Doria para compor uma chapa com Simone Tebet do MDB. A senadora, que não é unanimidade no MDB, no entanto, alega que só aceitaria ser cabeça de chapa da composição. Ainda que aceite ser vice, Leite precisaria de apoio do PSDB para romper definitivamente com o resultado das prévias.
Pelo lado do União Brasil, Luciano Bivar foi o escolhido em detrimento de Sergio Moro, que resiste a desistir publicamente da sua pré-candidatura. Nada indica, no entanto, que o partido irá ceder à insistência do ex-juiz. Dirigentes da sigla chegaram a ameaçar Moro com impugnação caso siga com a movimentação para se lançar ao cargo.
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