Política

Presidente do PSDB afirma que pacto para terceira via é maior do que as prévias

Declaração de Bruno Araújo a empresários anima aliados de Eduardo Leite, que corre por fora para disputar a Presidência

João Doria (SP) e Eduardo Leite (RS) disputaram as prévias do partido. Fotos: Reprodução
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O presidente do PSDB, Bruno Araújo, afirmou nesta segunda-feira à noite a empresários do grupo Esfera Brasil que o pacto entre os partidos de centro para a escolha de uma candidatura única à Presidência da República é “maior” do que as prévias tucanas.

O PSDB e outras siglas de centro como MDB, União Brasil e Cidadania articulam o lançamento de uma candidatura única nas eleições presidenciais no dia 18 de maio. A declaração do presidente do PSDB animou os aliados do ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite, que tenta correr por fora e se apresentar como pré-candidato, ainda que tenha perdido as primárias para o ex-governador João Doria.

— João Doria venceu as prévias e é o pré-candidato. No momento que fazemos um pacto e João Doria disse ‘eu topo’, nossas prévias estão contidas dentro de um acordo. O contrato estabelecido é com essa coligação e é maior do que as prévias do PSDB — disse Araújo, segundo participantes do encontro.

Apoiadores de Doria entendem que o estatuto tucano veda a participação do gaúcho e que seria uma manobra e golpe interno. O grupo do gaúcho, porém, argumenta que a manobra é possível, uma vez que os demais partidos da aliança não estão submetidos ao regramento do PSDB.

No entanto, o presidente tucano deixou claro no encontro que não está tão preocupado com a discussão jurídica da pré-candidatura. Ao ser instado a falar sobre os critérios que serão adotados para a escolha de um nome em consenso, ele disse que, “na política, primeiro a gente escolhe o candidato e, depois, os critérios”. O presidente tucano ainda afirmou acreditar que 95% de seus correligionários apoiarão a decisão tomada pela coligação.

Ainda de acordo com interlocutores que estavam na reunião, Araújo afirmou que não irá “operar” para que o presidenciável da coligação seja do PSDB.

— Quando fizemos um pacto de convenção, os problemas ficaram para trás. Nem João Doria pode ser candidato de si mesmo, nem outro partido pode não se conformar da gente ter feito outro tipo de escolha dentro de um consenso — conclui Araújo.

Doria sofre com alta rejeição e ainda não decolou nas pesquisas de intenção de voto. No último levantamento do Instituto Datafolha, ele aparece com 2% das intenções de voto.

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