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PGR abre apuração sobre reunião de Bolsonaro com embaixadores, mas diz que inquérito seria ‘prematuro’
No encontro, em 18 de julho, o ex-capitão repetiu mentiras sobre o processo eleitoral
A Procuradoria-Geral da República informou ao Supremo Tribunal Federal ter aberto uma apuração preliminar sobre a reunião em que o presidente Jair Bolsonaro (PL) repetiu a embaixadores mentiras sobre o processo eleitoral, em 18 de julho.
Ao comunicar o início do procedimento, a vice-procuradora-geral da República Lindôra Araújo disse que seria “prematuro” abrir um inquérito neste momento. Essa investigação preliminar recai apenas à PGR e, portanto, não conta com supervisão do STF.
“Na atual fase embrionária de representação, a averiguação preliminar dos fatos deve ocorrer em sede de Notícia de Fato Criminal na PGR ou em PET perante o STF, evitando-se a instauração prematura de inquérito”, escreveu Lindôra.
Segundo a vice-PGR, “a instauração de inquérito policial exige, por vezes, uma perscrutação prévia e simplificada, denominada de verificação de procedência de informações […] a fim de evitar a abertura formal e precipitada de investigação criminal, com sérios prejuízos ao investigado”.
A reunião de Bolsonaro com embaixadores foi transmitida pela TV Brasil, mas vários convidados se recusaram a marcar presença. A imprensa foi impedida de acompanhar o evento in loco.
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