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O tamanho da influência de Lula e Bolsonaro nas eleições municipais, segundo a Atlas
O levantamento mostrou uma preferência apertada entre os eleitores sobre o alinhamento político de seus possíveis candidatos a prefeitos e vereadores


Uma pesquisa Atlas Intel publicada nesta sexta-feira 8 mediu a temperatura da polarização do País no cenário das eleições municipais.
O levantamento mostrou, por exemplo, uma preferência apertada entre os eleitores entre o alinhamento político de seus possíveis candidatos. 39,1% disseram preferir candidatos que se digam alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL); enquanto 37,8% preferem candidatos alinhados ao presidente Lula (PT).
Entre os eleitores que preferem Bolsonaro, 76% disseram que o alinhamento político é muito importante ao definir um voto para prefeito; 71% para vereador.
Já entre os eleitores de Lula, 59% dizem ser muito importante o alinhamento político para a escolha de um prefeito; e 55% para vereador.
A pesquisa também questionou aos eleitores já polarizados, se eles votariam em prefeitos ou vereadores que não estivessem alinhados a Lula ou Bolsonaro. Entre os simpatizantes de Bolsonaro, 39,7% afirmaram que não votariam em candidatos não aliados ao ex-presidente; 30,3% disseram que sim, desde que não alinhados a Lula; e 30% assinalaram que com certeza votariam em candidatos não alinhados.
Entre os simpatizantes a Lula, 44,3% disseram que votariam em outros candidatos, desde que não alinhados a Bolsonaro; 42,1% apontaram que só votariam em candidatos alinhados ao petista; e 14,5% que votariam em nomes não alinhados.
A pesquisa aferiu que apenas 23% dos eleitores não têm preferência por uma aliança política seja com Lula ou Bolsonaro. 40% se colocam como disponíveis para votar em candidatos não alinhados.
Outro dado é que um candidato alinhado politicamente ao centro, em um possível segundo turno, teria preferência entre os eleitores sendo de 60,9% contra um candidato bolsonarista e 62,1% contra um candidato lulista.
A pesquisa foi realizada de 4 a 7 de março e contou com 2122 respondentes entre a população brasileira adulta. O levantamento tem nível de confiança de 95% e margem de erro de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
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