O juiz Fábio Nunes de Martino defendeu Sergio Moro em 2019 quando vieram à tona as revelações da Vaza Jato. O magistrado subscreveu uma carta com outros juízes federais a alegar naturalidade nas conversas entre Moro e os integrantes da Lava Jato e negar que a conduta colocaria em xeque o princípio da imparcialidade.
A moção de apoio surgiu em resposta a um pedido feito à época por 30 magistrados para que a Associação dos Juízes Federais do Brasil excluísse Moro de seus quadros.
“O magistrado, como centro decisório, desse complexo sistema, não se encontra impedido de dialogar com os demais atores envolvidos sobre questões não relacionadas ao mérito da ação”, diz um trecho do documento.
“Não admitimos que a excelência desse hercúleo trabalho, verdadeiro ponto de inflexão no combate à corrupção e crimes cometidos por poderosos, seja aviltada por mensagens inócuas e criminosamente obtidas.”
Martino foi oficializado nesta segunda-feira 19 como titular da 13ª Vara Federal de Curitiba, responsável pelos processos da Lava Jato, depois de o Tribunal Regional Federal da 4ª Região confirmar a remoção da juíza Gabriela Hardt. Murilo Scremin Czezacki ocupará o posto de substituto.
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