CartaExpressa

Nova decisão do STF anula provas ‘imprestáveis’ da Odebrecht e beneficia ex-presidente do Peru

O despacho de Dias Toffoli veta o depoimento de testemunhas brasileiras em um processo que tramita na Justiça peruana

O ministro do STF Dias Toffoli. Foto: Evaristo Sá/AFP
Apoie Siga-nos no

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, acolheu um pedido do ex-presidente do Peru Ollanta Humala e reforçou a decisão que considerou inválidos elementos de prova originados no acordo de leniência da Odebrecht.

O despacho veta o depoimento de testemunhas brasileiras em um processo que tramita na Justiça peruana.

A oitiva havia sido autorizada pelo Superior Tribunal de Justiça, mas Humala recorreu, sob o argumento de que a convocação se baseava em dados considerados imprestáveis pelo STF.

Ao acatar a argumentação, Toffoli relembrou decisões tomadas pelo ex-ministro Ricardo Lewandowski em casos semelhantes. Em uma delas, o então magistrado travou uma ação penal contra o vice-presidente Geraldo Alckmin.

Na decisão publicada no sistema do STF nesta quarta-feira 16, Toffoli escreveu que os elementos que sustentam a ordem de depoimento “encontram-se nulos, vedando-se, em consequência, a prática de atos instrutórios deles derivados”.

Humala é acusado de lavagem de dinheiro por ter supostamente recebido recursos da Odebrecht em uma campanha eleitoral. Representam o ex-presidente no STF os advogados Leonardo Massud, Gustavo Badaró e Marco Aurélio de Carvalho.

Em nota, Carvalho afirmou que a Lava Jato peruana “utilizou os mesmos métodos ilegais adotados pela operação brasileira, com a colaboração clandestina de autoridades brasileiras”.

“O ex-presidente Humala é vítima de uma grande perseguição política, com objetivos espúrios e eleitorais. Devemos festejar, pois, a decisão corajosa e contundente do ministro Dias Toffoli”, diz o advogado.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.