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No 2º turno, Brasileiros voltam a enfrentar longas filas para votar na Europa
Paris, Lisboa e Berlim já acumulavam eleitores na porta dos locais de votação antes mesmo da abertura
Inúmeras cidades europeias registram filas de eleitores brasileiros nos locais de votação de segundo turno na manhã deste domingo 30. A cena é bem parecida com os registros no primeiro turno, quando a fila de eleitores superou a marca de 2 horas de espera em algumas das sessões. Até o momento, não há registros de tumultos.
Em Lisboa, pouco antes das 8h (horário local), cerca de 7,5 mil eleitores já esperavam a abertura das urnas. O primeiro eleitor chegou ao local por volta das 5h30. O local concentra o maior número de brasileiros aptos a votar nesta eleição. Ao todo, são 45,3 mil em solo português, superando Miami, com 40,2 mil eleitores, e Boston, que tem 37,2 mil.
Na Alemanha, houve filas em Berlim e Colônia. Na capital alemã pela manhã, apesar das filas maiores do que no primeiro turno, o tempo de espera foi menor devido à melhor organização. Há ainda registros de longas filas em Roma, na Itália.
O espaço La Rochefoucauld, no 9° distrito de Paris – único local de votação para os eleitores brasileiros na França – abriu às 8h00 da manhã pelo horário local (4h00 da manhã em Brasília). Mas desde às 6h00, eleitores já chegavam ao local.
O objetivo era evitar a longa espera, como no primeiro turno, mas a fila era longa desde o início da manhã. Antes do início desta tarde, a fila já percorria várias ruas do 9° distrito. O motivo da longa espera é que o número de brasileiros inscritos para votar na França mais do que dobrou em relação às últimas eleições, passando de 11.047, em 2018, para 22.629 neste ano. Além disso, segundo o cônsul-geral do Brasil em Paris, Fábio Marzano, a expectativa é que a taxa de participação seja maior neste segundo turno.
A espera, como registrada no primeiro turno, é fruto de um aumento de brasileiros que optaram por votar no exterior. Neste ano, cerca de 697 mil eleitores que moram fora do País podem votar para presidente. O número representa um aumento de 39,2% em relação a 2018 e dobrou desde 2014.
(Com informações de DW e RFI)
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