‘Não vamos morrer por um princípio de austeridade’, diz Guedes sobre o Teto de Gastos

A declaração vem menos de um mês depois de o Congresso promulgar a PEC Eleitoral, a servir como uma tentativa de dar sobrevida à campanha de Bolsonaro

Guedes. Habituado a chutar números, ele prevê um custo de 25 a 50 bilhões de reais - Imagem: Marcelo Camargo/ABR

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O ministro da Economia, Paulo Guedes, tentou nesta quarta-feira 3 se defender das críticas ao governo de Jair Bolsonaro (PL) por furar o Teto de Gastos, instituído após a derrubada de Dilma Rousseff (PT) da Presidência. A regra limita o crescimento da maior parte das despesas públicas à inflação do ano anterior.

“Quando nos perguntam se violamos o teto, a resposta é ‘sim’, porque o teto impede o governo de investir”, disse Guedes. Segundo ele, isso aconteceu por causa dos gastos extras exigidos pela pandemia. As declarações ocorreram durante o evento Expert, da XP.

“Nós não vamos morrer por um princípio de austeridade, vamos respeitá-lo”, prosseguiu o ministro bolsonarista. “Não vamos furar o teto toda hora.”

As afirmações de Guedes acontecem menos de um mês depois de o Congresso Nacional promulgar a PEC Eleitoral, a criar benesses temporárias e servir como uma tentativa de dar sobrevida à campanha de Jair Bolsonaro (PL) à reeleição.

O texto estabelece um estado de emergência e libera do Teto de Gastos 41,25 bilhões de reais até o fim deste ano para a expansão do Auxílio Brasil e do vale-gás, a criação de auxílios a caminhoneiros e taxistas, o financiamento da gratuidade de transporte coletivo para idosos, a compensação a estados que concederem créditos tributários para o etanol e o reforço do programa Alimenta Brasil.

(Com informações da Agência Estado)


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