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Não somos criminosos e usaremos a CPI para apresentar a Reforma Agrária, diz MST
A comissão, instalada na última quarta, tem a relatoria do deputado bolsonarista Ricardo Salles (PL-SP)


O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra criticou nesta quinta-feira 18 a instalação de uma CPI na Câmara para investigar sua atuação no País. Segundo o MST, não há fato determinado para a abertura da comissão, que buscaria criminalizar o movimento a fim de esconder “as reais mazelas do campo”.
“Sabendo que nossa luta é justa e que, nesta CPI, não somos nós os criminosos, dela participaremos para apresentar a Reforma Agrária de que o Brasil precisa”, disse o movimento, em nota.
O MST sustenta que a CPI tenta omitir, entre outros problemas, o crescente desmatamento, a grilagem de terras, o uso de agrotóxicos e a mão de obra análoga à escravidão no campo.
A CPI, instalada oficialmente na última quarta 17, é presidida pelo deputado Tenente-Coronel Zucco (Republicanos-RS) e tem a relatoria de Ricardo Salles (PL-SP). O colegiado é visto pela oposição como a maior fonte de desgaste do governo Lula no Congresso.
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