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MPF cobra explicação da prefeitura de São Paulo após suspensão de aborto legal em hospital

O Hospital Maternidade Vila Nova Cachoeirinha é uma das principais unidades de saúde a realizar o procedimento

MPF cobra explicação da prefeitura de São Paulo após suspensão de aborto legal em hospital
MPF cobra explicação da prefeitura de São Paulo após suspensão de aborto legal em hospital
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
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O Ministério Público Federal estabeleceu nesta quinta-feira 11 o prazo de 10 dias para a prefeitura de São Paulo esclarecer a suspensão de atendimentos para aborto legal no Hospital Maternidade Vila Nova Cachoeirinha, uma das principais unidades de saúde a realizar o procedimento. A solicitação foi enviada à Secretaria de Saúde da capital.

O órgão cobrou especificamente a apresentação dos motivos que levaram a gestão de Ricardo Nunes (MDB) a interromper o serviço e mantê-lo indisponível no hospital desde o mês passado.

A iniciativa do MPF faz parte de um inquérito civil conduzido pela Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão, aberto com o objetivo de fiscalizar o cumprimento da Lei nº 12.845/2013. O texto assegura, entre outros direitos, o atendimento emergencial, integral e multidisciplinar a vítimas de violência sexual, incluindo a realização do aborto legal.

Atualmente, a legislação brasileira autoriza o aborto em casos de gravidez por estupro, anencefalia do feto ou risco à vida da gestante.

A prefeitura alega que a paralisação é temporária e que ela ocorre para viabilizar “cirurgias eletivas, mutirões cirúrgicos e outros procedimentos envolvendo a saúde da mulher”. A gestão municipal não confirma, porém, quando os procedimentos serão retomados.

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