O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União solicitou à Controladoria-Geral da União o acesso ao relatório produzido pelo órgão, a pedido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL_, que não identificou inconsistências nas urnas eletrônicas. O documento foi engavetado pelo governo.
Em ofício encaminhado ao ministro-chefe da CGU, Vinicius Marques de Carvalho, o subprocurador-geral Lucas Rochas Furtado destaca ser “imperioso conhecer e avaliar a autenticidade do referido relatório”.
“Tal medida se faz necessária a fim de conhecer e avaliar se o ex-presidente Sr. Jair Bolsonaro tinha conhecimento da inexistência de fraudes nas eleições e, mesmo assim, continuou intensificando a divulgação de fake news a ensejar incertezas sobre o sistema eleitoral brasileiro com possível dano ao erário”, acrescenta Furtado.
No ofício, ele solicita ainda que a AGU encaminhe em até dez dias a cópia do relatório conclusivo para análise.
Segundo o relatório elaborado pela CGU em dezembro do ano passado, “não foram verificadas inconsistências no sistema eletrônico de votação”. Realizado por ordem de Bolsonaro, o documento foi obtido pelo jornal O Globo via Lei de Acesso à Informação.
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