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Moro não descarta a Presidência, mas admite que pode desistir de disputar algum cargo

Mesmo com a decisão do União Brasil de lançar Luciano Bivar, o ex-juiz insinua que poderá ser o escolhido pelo partido para o pleito de outubro deste ano

Foto: Reprodução
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O ex-juiz Sergio Moro (UB-SP) negou-se, mais uma vez, a descartar a sua pré-candidatura ao cargo de presidente da República nas eleições deste ano. A postura contraria a escolha do partido, que escalou Luciano Bivar na disputa. A negativa foi dada em entrevista à CNN Brasil nesta quarta-feira 20, ao qual o ex-ministro também revelou que poderá acabar ‘não concorrendo a nada’.

“Eu não desisti”, disse Moro após jornalistas insistirem no tema. Antes, havia dito que seu nome fazia parte da ‘construção de um plano nacional’ e que sua posição estaria sendo avaliada: “Sou soldado da democracia, não estou atrás de mandato, de cargo. […] Qual vai ser o meu papel ainda está em definição”, explicou em outro momento.

Mais adiante, pressionado novamente para tratar do assunto, Moro revelou que pretende insistir na candidatura, mas que, caso ela não avance, há a possibilidade de não concorrer a nenhum cargo eletivo. O União Brasil, por ora, trabalha com a possibilidade do ex-juiz ser candidato a deputado federal por São Paulo. Há ainda aliados que defendem a busca por uma cadeira no Senado. Sobre as possibilidades, Moro insistiu, de maneira evasiva, que tudo estaria ‘sendo avaliado’.

“Me coloquei em uma situação que todos os pré-candidatos deveriam se colocar, de desprendimento. Não está descartada nenhuma situação, eu posso, inclusive, não concorrer a nada. Eu não vivo da política”, respondeu ao ser questionado pela terceira vez.

Ainda sobre sua ida conturbada ao União Brasil, Moro disse ter muitas críticas ao seu ex-partido, sem, no entanto, detalhar quais seriam. A direção nacional do Podemos classificou a movimentação como ‘ingenuidade’ e ‘falta de experiência’ por parte do ex-juiz.

“Quanto ao Podemos, tenho minhas razões para sair e poderia ventilar aqui uma série de críticas ao partido, só que não seria apropriado. Lamento todos os dissabores gerados ao Podemos, mas foi uma decisão que tomei não em vista da minha pessoa, mas em vista desse projeto político maior”, disse.

Recentemente, o partido calculou em 3 milhões de reais o prejuízo avaliado com a pré-campanha de Moro enquanto esteve na sigla. Segundo a direção do Podemos, o ex-ministro de Bolsonaro teria ido ao União Brasil sem comunicar previamente aos aliados na legenda. Na ocasião, o partido cogitou, inclusive, cobrar o valor gasto.

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