CartaExpressa

Moraes vota contra celebrações religiosas presenciais: ‘O que está em jogo é a vida’

Ele seguiu o relator Gilmar Mendes e se contrapôs a Kassio Nunes, que defendeu a abertura de templos e igrejas

Moraes vota contra celebrações religiosas presenciais: ‘O que está em jogo é a vida’
Moraes vota contra celebrações religiosas presenciais: ‘O que está em jogo é a vida’
Foto: Reprodução/TV Justiça
Apoie Siga-nos no

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, votou nesta quinta-feira 8 pela proibição de celebrações religiosas no pior momento da crise provocada pela Covid-19 no Brasil.

“Não há nesses decretos [de governos estaduais] nenhum ato direcionado diretamente a perseguição, discriminação ou diferenciação de cultos religiosos”, afirmou.

Para o ministro, “o que está em jogo é a defesa da vida”. Ele citou o dramático aumento no número de mortes pelo novo coronavírus e questionou: “Onde está a empatia?”.

Moraes também criticou “a errônea premissa de que se está atacando a liberdade religiosa”.

“Se a pandemia sair do controle e precisar decretar um lockdown, com tudo parado, os cultos vão continuar? Não se justificativa. Total falta de razoabilidade”, acrescentou.

O primeiro a votar nesta quinta foi Kassio Nunes Marques, que defendeu a liberação das cerimônias. Na véspera, o relator, Gilmar Mendes, votou contra. Assim, o placar parcial é de 2 a 1 pela proibição.

Assista à sessão:

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo