O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, prorrogou o inquérito que investiga a transmissão ao vivo feita por Jair Bolsonaro (PL) nas redes sociais em que ele associava as vacinas da Covid-19 ao risco de desenvolver Aids. A teoria divulgada por Bolsonaro é mentirosa e não tem qualquer respaldo científico.
Com a decisão de Moraes, que acatou um pedido da Polícia Federal, a apuração contra o ex-capitão ganha novo fôlego e deve durar mais 60 dias. O presidente passou a ser investigado após um pedido da CPI da Covid no Senado. Na ocasião, parlamentares integrantes da comissão acusaram Bolsonaro de cometer crimes de epidemia e infringir medida sanitária.
A live alvo do inquérito já foi retirada do ar pelas principais redes sociais. A mentira espalhada por Bolsonaro feria as políticas de empresas como Youtube, Google, Facebook, Instagram e Twitter. Apesar da violação ser uma reincidência, as empresas não retiraram do ar as páginas do ex-capitão.
Vale lembrar ainda que o inquérito contra o presidente, que foi aberto no início de dezembro, já havia sido prorrogado por Moraes em abril deste ano. Naquele mês, a decisão também seguiu um pedido da Polícia Federal. O despacho sobre o novo prazo foi assinado na última semana, mas divulgado na noite desta segunda-feira 13.
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