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Milícias não vão tirar a legitimidade da eleição, diz Moraes em meio a ataques de Bolsonaro

‘Quem ataca as instituições, quem não acredita nas instituições não acredita no País’, afirmou o ministro do STF e do TSE

O ministro do STF Alexandre de Moraes durante abertura do Seminário Políticas Judiciárias e Segurança Pública, no Superior Tribunal de Justiça. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral, afirmou nesta sexta-feira 20 que milícias digitais não terão êxito na tentativa de deslegitimar as eleições.

“A força de um País está na força de suas instituições. Quem ataca as instituições, quem não acredita nas instituições não acredita no País”, disse Moraes durante evento organizado pela Ordem dos Advogados do Brasil.

“Não serão as milícias digitais que vão tirar a legitimidade de uma das grandes conquistas do Brasil, que são as urnas eletrônicas”, acrescentou, citado pelo site Poder360. “O que a Justiça Eleitoral vai garantir é que o voto colocado na urna vai ser computado e que esse voto não vai receber coação das milícias digitais.”

Moraes é um dos principais alvos do presidente Jair Bolsonaro, que insiste em lançar suspeitas sobre o processo eleitoral. Nesta sexta, o ex-capitão fez um ataque direto ao magistrado e a outros ministros do STF: “Temos três ministros que infernizam não o presidente, mas o Brasil: Fachin, Barroso e Alexandre de Moraes. Esse último é o mais ativo e se comporta como o líder de partido de esquerda e de oposição o tempo todo”.

Na quinta-feira 19, em live nas redes sociais, Bolsonaro também voltou a mentir sobre a existência de uma “sala secreta” no TSE para apurar os votos.

Ainda na quinta, ele declarou, durante viagem ao Rio de Janeiro, que as propostas das Forças Armadas para o pleito “não vão ser jogadas no lixo” e voltou a mencionar uma “sombra de suspeição”.

Na OAB, Moraes também disse que o Congresso Nacional “apostou no Poder Judiciário para conter arroubos antidemocráticos, conter o populismo, manter a estabilidade democrática. E acertou”. Por isso, segundo o ministro, “vivemos hoje o maior período de estabilidade democrática da República brasileira, e as pessoas confundem estabilidade com ausência de turbulência”.

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