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Bolsonaro repete fake news sobre ‘sala secreta’ do TSE e ironiza observadores internacionais

‘Pode botar um milhão de observadores aqui. Eles vão observar o quê?’, perguntou o ex-capitão em live nas redes sociais

Foto: Reprodução
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O presidente Jair Bolsonaro usou sua transmissão ao vivo nas redes sociais nesta quinta-feira 19 para reciclar alegações infundadas sobre o processo eleitoral no Brasil.

Ele ironizou uma declaração do presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Edson Fachin, de que a Corte pretende trazer ao País mais de 100 observadores internacionais para acompanhar o pleito de outubro.

“Pode botar um milhão de observadores aqui. Eles vão observar o quê? Vão ter acesso ao código-fonte? Vão estar na sala secreta para ver como é a apuração? Qual é o conhecimento deles de informática?”, perguntou o ex-capitão na live.

O TSE desmente com frequência as fake news de Bolsonaro sobre a contagem dos votos. Neste mês, no ofício em que respondeu a sugestões do Ministério da Defesa sobre o sistema eleitoral, o tribunal negou a existência de uma “sala escura” para apuração.

Entre as propostas encaminhadas à Justiça Eleitoral, a Defesa recomendava que “a totalização dos votos seja feita de maneira centralizada no TSE em redundância com os TRE, visando a diminuir a percepção da sociedade de que somente o TSE controla todo o processo eleitoral e aumentar a resiliência cibernética do sistema de totalização dos votos”.

Ao responder, o TSE mencionou, por exemplo, a sugestão de peritos da Polícia Federal de uma centralização dos computadores que processam a totalização, “como uma forma de diminuição da superfície de ataque de hackers“.

“Adicionalmente, os computadores centralizados ganharam, pela primeira vez, ambiente redundante que assegura que, em caso de pane em um equipamento, outro possa imediatamente tomar seu lugar. Não há, pois, com o devido respeito, ‘sala escura’ de apuração. Os votos digitados na urna eletrônica são votos automaticamente computados e podem ser contabilizados em qualquer lugar, inclusive, em todos os pontos do Brasil.”

Em nota divulgada ainda em 2021, o TSE informou que “o resultado definitivo de cada urna sai impresso e é tornado público após a votação, e ele pode ser facilmente confrontado, por qualquer eleitor, com os dados divulgados pelo TSE na internet, após a conclusão da totalização. Os partidos e outras entidades fiscalizadoras também podem solicitar todos os arquivos das urnas eletrônicas e do banco de dados da totalização para verificação posterior”.

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