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Mauro Cid, braço direito de Bolsonaro, deixa a PF após longo depoimento
Nesta semana, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, rejeitou um pedido para revogar a prisão do militar


O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, deixou a sede da Polícia Federal em Brasília pouco depois das 19h desta sexta-feira 30. Ele havia chegado ao local por volta das 15h para prestar mais um depoimento.
No último domingo 25, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, rejeitou um pedido para revogar a prisão do militar.
Cid está preso desde o início de maio, acusado de participar de um esquema de falsificação de dados de cartões de vacinação no sistema do Ministério da Saúde. Ele é suspeito de organizar e operar as alterações, a incluírem os cartões de Bolsonaro e de sua filha Laura.
O depoimento à PF nesta sexta, porém, está relacionado às investigações sobre os atos golpistas de 8 de Janeiro. O material encontrado por agentes no celular de Cid contém diálogos com o coronel Jean Lawand Junior, então subchefe do Estado Maior do Exército, sobre uma pressão para o então ajudante de ordens de Bolsonaro convencê-lo a “dar a ordem” para que as Forças Armadas tomassem o poder, no final de 2022.
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