O presidente Lula (PT) tornou a criticar a condução da política monetária pelo Banco Central, sob a liderança de Roberto Campos Neto. A manutenção da taxa básica de juros em 13,75% ao ano está no centro da ofensiva do governo e é considerada um dos principais obstáculos para o crescimento da economia.
Durante a abertura da reunião ministerial desta segunda-feira 10, a marcar os primeiros cem dias de governo, Lula também elogiou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e disse que sua proposta de regra fiscal será aprovada pelo Congresso Nacional.
“Tenho certeza de que a gente vai colher os frutos plantados na nossa proposta”, afirmou o presidente. “Embora eu continue achando que 13,75% é muito a alta a taxa de juros. Continuo achando que estão brincando com o País, sobretudo com o povo pobre e os empresários que querem investir. Só não vê quem não quer.”
Na semana passada, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), anunciou um debate temático sobre juros, inflação e crescimento econômico para 27 de abril. Campos Neto, Haddad e a ministra do Planejamento, Simone Tebet, são alguns dos convidados da audiência. Além deles, devem participar:
- o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga;
- o diretor-presidente da Confederação Nacional das Instituições Financeiras, Rodrigo Maia;
- e o presidente da Federação Brasileira de Bancos, Isaac Sidney Menezes Ferreira.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login