Um levantamento foi pelo portal Poder 360 mostrou, nesta quinta-feira 20, que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já conseguiu reduzir em 6,5% a presença de militares que ocupam funções no Poder Executivo desde o início do seu mandato.
Desde janeiro, 189 integrantes das Forças Armadas foram exonerados dos cargos junto ao governo federal. Nas demissões mais recentes estão os generais Gonçalves Dias e Ricardo José Nigri, que ocupavam os dois postos mais importantes do Gabinete de Segurança Institucional. Eles deixam o cargo no Planalto após a revelação de novas imagens do dia 8 de Janeiro.
Apesar das baixas, porém, restam ainda 2.738 oficiais em posições no Executivo. No fim do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) o volume de militares que integravam a gestão federal era de 2.927.
Conforme mostra o levantamento, o número de agentes das Forças Armadas teve recorde em abril de 2020, quando 3.104 militares ocupavam cargos no Executivo Federal. Durante a gestão bolsonarista, não só o número de oficiais no governo bateu recordes, mas também a presença de militares em cargos de maior nível hierárquico e maior prestígio.
Antes, porém, o volume de fardados em Brasília já vinha em uma crescente desde o final do governo de Dilma Rousseff (PT) e se ampliou na gestão de Michel Temer (MDB).
Atualmente a Presidência da República é o órgão que mais abriga militares. Entre os agentes, 70% estão locados no Gabinete de Segurança Institucional. Desde fevereiro, 70 agentes foram retirados dos cargos nesta pasta.
Segundo o ministro da Defesa, José Múcio, não há uma orientação específica para que os cargos sejam desocupados por militares. O governo, porém, tem feito ofensivas para reduzir a presença dos fardados em cargos civis. Uma PEC que obriga membros da ativa a irem para a reserva das Forças caso queiram ocupar cargos é preparada no Planalto. Uma autorização para que eles possam ser investigados pela CGU também ganhou força nesta quarta-feira 19.
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