O ex-presidente Lula (PT), em entrevista a jornalistas de sites independentes em Brasília nesta quarta-feira 19, voltou a tratar da sua condenação no âmbito da Operação Lava Jato em 2018. Ao se referir ao ex-juiz Sergio Moro, responsável pela decisão considerada parcial pelo STF, o ex-presidente chamou o atual adversário político de ‘canalha’ e ‘santo de barro’.
“Eu tive sorte do povo brasileiro que me ajudaram a provar a farsa que foi montada contra mim em vida. Consegui desmontar o canalha que foi o Moro no julgamento dos meus processos, o Dallagnol, a mentira, o fake news, o PowerPoint da quadrilha. Tudo isso eu consegui provar que quadrilha eram eles”, disse Lula ao tratar da decisão que lhe cassou os direitos políticos em 2018 e impediu que ele concorresse contra Jair Bolsonaro (PL).
Mais adiante, o petista voltou a se referir ao hoje adversário na pré-campanha para as eleições que escolherão o novo presidente da República em outubro deste ano. Dessa vez, Lula relembrou a campanha da mídia hegemônica em favor do ex-juiz durante a operação.
Conforme relembrou, enquanto chamavam jornalistas independentes de ‘blogueiros sujos’, grandes veículos, como ‘a Globo, a Veja, o SBT, a Record, a Bandeirantes, o Estadão, O Globo’ estampavam a ‘a cara de santo de barro chamado Moro como se fosse herói nacional’.
Minutos depois da entrevista, Moro foi às redes sociais para responder Lula. Na publicação, devolveu o rótulo de ‘canalha’.
“Canalha é quem roubou o povo brasileiro durante anos e quem usou nosso dinheiro pra financiar ditaduras. E quadrilha é o nome do grupo que fez isso, colocado por você, Lula, na Petrobras. Você será derrotado. Só ofende pois não tem como explicar a corrupção no seu Governo”, escreveu o ex-juiz.
Canalha é quem roubou o povo brasileiro durante anos e quem usou nosso dinheiro pra financiar ditaduras. E quadrilha é o nome do grupo que fez isso, colocado por você, Lula, na Petrobras. Você será derrotado. Só ofende pois não tem como explicar a corrupção no seu Governo.
— Sergio Moro (@SF_Moro) January 19, 2022
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login