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Linha de trem privatizada em SP enfrenta problemas pelo segundo dia

A Linha 9-Esmeralda, elogiada por Tarcísio, voltou a ter uma pane na manhã desta quarta-feira

Linha de trem privatizada em SP enfrenta problemas pelo segundo dia
Linha de trem privatizada em SP enfrenta problemas pelo segundo dia
Foto: Reprodução/Tv Globo
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A Linha 9-Esmeralda de trens em São Paulo voltou a ter uma falha de operação na manhã desta quarta-feira 4. Essa é a segunda pane elétrica em menos de 24 horas de operação da linha, privatizada e elogiada pelo governador Tarcísio de Freitas em meio a greve dos metroviários, da CPTM e Sabesp.

A linha parou entre as estações Morumbi e Pinheiros, em São Paulo, e passou a funcionar em via única.

Segundo a ViaMobilidade, empresa privada que administra a linha,  os passageiros estão sendo orientados do que fazer na falha nos trens e estações por avisos sonoros. Agentes também estariam no local, diz a empresa.

Esse é o segundo dia de falhas na linha operada pela empresa. Na terça, em plena greve, quando foi elogiada por Tarcísio, a mesma Linha-9 parou no trecho entre Morumbi e Villa Lobos-Jaguaré por outro problema elétrico. A pane persistiu por mais de 8 horas.

A greve dos metroviários, encerrada às 23h59 de ontem, ocorreu, justamente, contra as privatizações. Um dos argumentos dos trabalhadores seria a falta de qualidade no serviço entregue pelas empresas para a população.

Logo no início desta terça, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) celebrou o fato de linhas privatizadas estarem em funcionamento no dia da greve. A paralisação de trabalhadores, segundo ele, reforça a decisão da gestão estadual de estudar concessão de linhas do Metrô e da CPTM.

“Quais as linhas disponíveis hoje? As linhas 4, 5, 8 e 9, operadas pela iniciativa privada. Isso reforça a convicção de que estamos indo na direção certa”, disse o bolsonarista.

Tarcísio afirmou que serviços públicos precisam ter “regularidade e disponibilidade”. “E quais são as que estão em funcionamento hoje? As que foram transferidas para a iniciativa privada. Essas linhas não estão deixando o cidadão na mão.”

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