O criminalista Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, afirmou que, após a decisão do ministro Edson Fachin, de anular as condenações do ex-presidente Lula no âmbito da Operação Lava Jato, o Supremo Tribunal Federal deve “enfrentar a evidente parcialidade de Moro”.
Em conversa com CartaCapital, logo após o despacho do ministro vir a público, Kakay disse ainda que a análise do comportamento de Moro pelo STF “pode resgatar o sistema de justiça que foi corrompido pelo ex-juiz e pelo grupo de procuradores que ele coordenava”.
“Ao fim e ao cabo, estarão sedimentadas as teses da incompetência do ex-Juiz e comprovada sua parcialidade. As consequências dessas decisões têm efeitos diferentes. A nulidade de todos os atos decisórios já está determinada pela chapada incompetência do juiz. A repercussão da declaração de parcialidade do juiz pode alcançar várias outras ações da controversa Lava Jato. A questão, na realidade, resume-se a cumprir a Constituição e a resgatar a credibilidade no sistema de justiça”, escreveu o criminalista.
Uma pequena reflexão para os que ainda defendem a execução da pena antes do trânsito em julgado. A nulidade de todos os processos pelo ministro Fachin não devolverá ao ex-presidente a liberdade perdida injustamente .Foram 580 dias de cárcere e agora tudo foi anulado”, finalizou Kakay.
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