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Justiça decreta prisão preventiva de bolsonarista que matou petista

A Secretária de Segurança Pública informou que homem está internado em estado grave

Foto: Reprodução/Redes Sociais
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A Justiça decretou nesta segunda-feira 11 a prisão preventiva de Jorge José da Rocha Guaranho, policial penal federal, que atirou e matou Marcelo Arruda, guarda municipal e tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu. O assassinato ocorreu na madrugada de domingo e foi motivado, segundo relatos, pela temática do aniversário da vítima, que comemorava seus 50 anos com decorações de Lula e do PT.

O anúncio da prisão de Rocha Guaranho foi feito em coletiva do Ministério Público do Paraná (MP-PR) na manhã desta segunda. O atirador, que teria realizado o ato aos gritos de ‘é Bolsonaro’ e mantém postagens de apoio ao ex-capitão nas redes sociais, chegou a ser declarado como morto por tiros de revide disparados por Arruda durante o atentado. A notícia do óbito chegou a ser confirmada pela Polícia Civil, mas a Secretária de Segurança Pública do Paraná voltou atrás e informou que homem está internado em estado grave.

Na coletiva do MP desta segunda-feira, o promotor de Justiça Tiago Lisboa Mendonça informou que o caso será apurado também pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

“Vários pontos precisam ser esclarecidos. Qual razão ele esteve no local? Foi apurado que ele era membro de uma associação da região. Em razão de que ele poderia estar ali fazendo rondas externas que eram feitas, mas é necessário apurar”, disse o promotor.

“Outro motivo é se havia alguma indicação de que ali ocorria festa temática, música e afins. Para a apuração talvez façamos a reprodução simulada dos fatos. […] Quanto antes esclarecer os fatos, por qual razão esse crime bárbaro foi cometido e punir o responsável ou responsáveis”, acrescentou Mendonça em seguida.

Marcelo Arruda, de 50 anos, foi morto a tiros disparados pelo bolsonarista que teria invadido sua festa de aniversário com o tema Lula e o PT. Segundo relatos de testemunhas, o atirador não é conhecido de ninguém que estava presente na festa, que acontecia em um salão de uma associação local. Ele teria se incomodado com a decoração e feito ameaças aos presentes antes de voltar, minutos depois, com a arma em punho.

Arruda era tesoureiro do PT em Foz, foi candidato a vice-prefeito e era diretor do Sindicato dos Servidores Públicos local. Ele deixa esposa e quatro filhos.

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