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Justiça arquiva inquérito sobre tiroteio em ato de campanha de Tarcísio de Freitas
Os investigadores, no entanto, não descobriram de qual arma partiram os tiros que mataram Felipe de Lima, de 27 anos


O juiz Antonio Pena Junior, do 1º Tribunal do Júri da cidade de São Paulo, determinou o arquivamento do inquérito policial que apurava a morte de um homem em Paraisópolis, na capital, durante uma agenda de campanha do então candidato ao governo paulista Tarcísio de Freitas (Republicanos), em outubro de 2022.
A decisão acolhe um pedido do Ministério Público do estado. Na avaliação do promotor de Justiça Fabio Tosta Horner, “os policiais militares usaram os meios necessários para repelir atual e injusta agressão, sem incorrer em excesso, tendo em vista que agiram dentro dos rígidos limites da lei”.
Conforme a decisão, divulgada pela TV Globo, o MP ainda argumenta que “não foi confirmada a participação de pessoas integrantes da equipe do então candidato Tarcísio de Freitas na troca de tiros”.
Os investigadores, no entanto, não descobriram de qual arma partiram os tiros que mataram Felipe Silva de Lima, de 27 anos. Segundo trecho do relatório do delegado Rodrigo Borges Petrilli, “os elementos balísticos apreendidos não apresentavam características individualizadoras suficientes que permitissem ao perito chegar a um resultado conclusivo”.
O caso ganhou ainda mais destaque depois de a Folha de S.Paulo publicar um áudio em que um integrante da equipe de Tarcísio pedir a um cinegrafista da Jovem Pan que apagasse imagens do tiroteio que interrompeu a agenda, em 17 de outubro.
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