CartaExpressa

Juros são altos porque o governo deve muito, não por causa de rentistas, alega Campos Neto

O presidente do BC é alvo de críticas do governo Lula devido à manutenção da Selic em 13,75% ao ano

O presidente do Banco Central do Brasil (BC), Roberto Campos Neto. Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
Apoie Siga-nos no

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, discordou nesta segunda-feira 5 do argumento de que a manutenção da taxa de juros em um nível elevado teria o objetivo de beneficar os rentistas.

Campos Neto, alvo de críticas do governo Lula devido à permanência da Selic em 13,75% ao ano, ministrou uma palestra na Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (MG).

“Eu escuto muito que juros altos são para o rentista. Juros altos não são para os rentistas. Juros altos acontecem porque o governo deve muito. Se o governo deve menos, os juros são mais baixos”, alegou.

No evento, ele também declarou que o cenário da inflação melhorou, mas de forma lenta, especialmente nos “núcleos” de preços menos voláteis.

“Pela primeira vez na história, o Brasil tem uma média de inflação muito menor que a do mundo desenvolvido”, prosseguiu o economista. “A autonomia do BC se mostrou eficiente. O principal objetivo do BC é fazer com que inflação fique na meta.”

A taxa básica de juros está no centro da ofensiva do governo Lula a Campos Neto. A gestão federal vê o índice como um dos principais obstáculos para o crescimento da economia brasileira em 2023.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Relacionadas

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.