O presidente do PSB Carlos Siqueira, em contato com CartaCapital na noite desta sexta-feira 24, confirmou que Márcio França (PSB) informou a Lula (PT) que não irá retirar sua pré-candidatura ao governo de São Paulo para apoiar Fernando Haddad (PT).
A expectativa inicial era de que um pedido pessoal do ex-presidente demovesse França da ideia de disputar votos contra Haddad. Uma reunião entre Lula e França ocorreu na tarde desta sexta-feira para tentar superar os impasses. Segundo contou França a Siqueira, a conversa teria sido produtiva, mas, a princípio, não suficiente para lhe fazer desistir da ideia de ser governador neste momento.
França tem defendido ser o candidato ideal por atrair novos eleitores para Lula. Ele alega que, diferentemente de Haddad, possui um perfil que atrai votos de eleitores de centro-direita, o que poderia fazer Lula crescer no estado. França também diz ter 3 milhões de votos a mais do que o petista em SP. A conta tem como base as últimas eleições disputadas pelos dois políticos.
Haddad, por sua vez, é quem aparece, neste momento, com a maior chance de vitória no estado. Ele tem cerca de 10 pontos percentuais a mais do que França nas principais pesquisas de intenção de voto. O ex-prefeito de SP também vence qualquer candidato em eventuais disputas de segundo turno.
São estes resultados que têm feito Lula reafirmar constantemente a posição de que Haddad é o candidato ideal para a aliança da centro-esquerda neste momento. Em suas declarações públicas, o ex-presidente celebra o fato de que o PT nunca esteve tão bem colocado nas pesquisas no estado, governado há décadas pelo PSDB.
A expectativa de aliados com o encontro desta sexta-feira era de que França fosse convencido da ideia de disputar a vaga de senador. No momento, quem lidera a pesquisa para o cargo é o apresentador José Luiz Datena (PSC). França, por sua vez, aparece em segundo lugar.
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