O blogueiro bolsonarista Allan dos Santos, do extinto site Terça Livre, afirmou nesta sexta-feira 15 que sua estadia nos Estados Unidos, para driblar o pedido de prisão no Brasil, estaria ‘uma merda’. Segundo contou em entrevista à revista Veja, ele não se considera um foragido porque todos saberiam onde ele está desde que sua prisão foi decretada: “Estou em Orlando, na Florida”, diz.
Questionado pela publicação sobre como tem sido sua vida nos Estados Unidos, ele foi enfático: “Não está tudo bem. Estou no exílio, na merda! Minha filha está se recuperando de uma meningite encefálica. Ela saiu da UTI […] E eu não posso sequer ajudá-la.”
O blogueiro, que teve sua prisão determinada por Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, em outubro do ano passado. Desde aquele período, o ministro ainda pediu que o nome de Allan fosse incluído na lista de procurados da Interpol, processo que habitualmente levaria poucos dias, mas que, até o momento, ainda não aconteceu. Pela decisão, as contas do bolsonarista também estão bloqueadas. Ele reclama:
“Me foi tomado tudo de modo ilegal, inconstitucional e abusivo. A minha empresa, minha conta privada, a conta da minha empresa, toda a minha forma de sustento como jornalista. Estou sendo perseguido”, alega.
“Me sinto absolutamente impotente diante de um tirano, um delinquente que está ocupando a Suprema Corte para pode destruir a vida de um pai de família que está querendo pagar o tratamento da própria filha”, ataca logo em seguida.
Na conversa com a revista, o blogueiro também negou estar foragido. “Como assim? Qualquer pessoa sabe onde eu estou. Estou em Orlando, na Flórida. Eu gravei um vídeo da entrada da Disney. Qualquer pessoa vê. Qualquer pessoa que for ao mercado do Seabra vai almoçar comigo, sentada ao meu lado.”
Allan dos Santos ainda foi questionado sobre sua atual relação com Jair Bolsonaro (PL). Ele esteve recentemente em uma motociata promovida pelo ex-capitão em Orlando. Apesar da proximidade evidente nas imagens do evento, ele nega manter contato com o atual presidente.
“Não sei mais o número que ele usa, o telefone que ele usa. Quando estava no Brasil, eu tinha. Aqui não tenho mais. Estou focado em cuidar da minha família”, diz.
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