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Flávio Dino envia ao STF notícia-crime contra Eduardo Bolsonaro por acusação falsa

O deputado acusou o ministro de envolvimento com crime organizado em razão de visita ao Complexo da Maré, no Rio de Janeiro

O ministro da Justiça, Flávio Dino. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, enviou nesta segunda-feira 20, uma notícia-crime ao Supremo Tribunal Federal contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PL) por acusações de que o ministro estaria envolvido crime organizado no Rio de Janeiro em razão de visita ao Complexo da Maré.

A ação também pede a apuração da conduta dos senadores Flávio Bolsonaro (PL) e Marcos Do Val (PSB) e os deputados federais: Carlos Jody (PL), Paulo Bilynskyj (PL), Otoni de Paula (MDB) e Cabo Gilberto Silva (PL). 

Isto porque, todos os parlamentares repercutiram a publicação de Eduardo Bolsonaro que insinua que o ministro teria entrado na região sem escolta policial e teria sido se reunido com a organização criminosa Comando Vermelho.

De acordo com o comunicado oficial da Justiça, Dino participou na quarta-feira 15, do lançamento de um documento sobre os impactos da violência armada no Complexo e compôs uma roda de conversa com comitivas da rede internacional Open Society, que apoia grupos da sociedade civil em diversos países.

O encaminhamento da notícia-crime foi enviado ao Inquérito 4.781 em curso no STF, conhecido como “inquérito das fake news”, sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes.

Segundo o ministro, as manifestações dos congressistas podem configurar os crimes de calúnia, difamação, racismo e associação criminosa. 

Em entrevista nesta segunda-feira 20, o ministro comentou o caso e afirmou que os políticos atuaram em um “planejamento” com o objetivo de “desqualificar a ação” do governo federal na região. 

“Esse discurso incentiva a desigualdade, incentiva violências”, afirmou Dino.

A investida bolsonarista repete as acusações feitas a Lula, durante a campanha, quando visitou o Complexo do Alemão. A sigla “CPX” do boné que o petista usava, foi distorcido na publicação de Flávio Bolsonaro, para ressaltar que o petista teria envolvimento com narcotráfico.

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