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First Mile: PF cumpre 9 mandados em operação que investiga uso ilegal de software da Abin

Dos nove mandados de busca e apreensão deflagrados na manhã desta segunda-feira 29, cinco são cumpridos em Brasília

O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ). Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados
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A Polícia Federal (PF) cumpre, nesta segunda feira 29, nove mandados de busca e apreensão no âmbito da Operação Vigilância Aproximada.

A operação tem como objetivo investigar uma suposta organização criminosa instalada na Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que teria monitorado de maneira ilegal autoridades públicas por meio de ferramentas de geolocalização.

Segundo a corporação, cinco dos nove mandados estão sendo cumpridos em Brasília. Os demais são cumpridos em Angra dos Reis (RJ), Rio de Janeiro (RJ), Formosa (GO) e Salvador (BA).

Na nova etapa, a PF “busca avançar no núcleo político, identificando os principais destinatários e beneficiários das informações produzidas ilegalmente no âmbito da Abin, por meio de ações clandestinas”, segundo informou a corporação.

Mais cedo, as diligências da PF tiveram como alvo o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). De acordo com informações do portal G1, a suspeita é que o vereador teria recebido materiais obtidos de maneira ilegal pela Abin. A defesa de Carlos Bolsonaro ainda não se manifestou sobre a operação de hoje.

De acordo com a PF, os investigados poderão responder pelos crimes de invasão de dispositivo informático alheio, organização criminosa e interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei.

A operação Vigilância Aproximada é um desdobramento da operação Primeira Milha, que teve início em outubro do ano passado e investiga o suposto uso ilegal da ferramenta “FirstMile”, que poderia ter sido usado para monitorar as movimentações de servidores públicos, jornalistas e magistrados. A PF avalia se os alvos das ações seriam adversários políticos de Bolsonaro, que negou, em live realizada na noite do último domingo 28, que tenha participação no caso.

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