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Filha de Jefferson critica vídeo do pai contra Moraes: ‘Querem mantê-lo preso’

‘Eu oro em desfavor do Xandão. Esmague a tirania, Pai’, diz o presidente do PTB na gravação

O presidente do PTB, Roberto Jefferson. Foto: Reprodução/Redes Sociais
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A ex-deputada Cristine Brasil, filha de Roberto Jefferson, criticou a gravação e a divulgação de um vídeo em que o pai diz orar “em desfavor do Xandão”, em referência ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

Na segunda-feira 18, Moraes cobrou esclarecimentos da Secretaria de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro e do Hospital Samaritano Barra sobre o vídeo do presidente do PTB.

“Fico muito chateada que pessoas próximas ao meu pai tenham concordado em divulgar esse tipo de vídeo. Deviam estar cuidando da defesa dele, em vez de fazer com que ele continue preso”, disse Cristiane Brasil ao site Metrópoles. “Elas têm interesse em mantê-lo preso”.

No despacho em que exige explicações, Moraes afirma que o vídeo foi gravado em 14 de outubro e desrespeita o cumprimento de medidas restritivas impostas ao bolsonarista, que estava internado.

“Eu oro em desfavor do Xandão. Esmague a tirania, Pai. Não se faz concessão, meu Deus, aos tiranos e à tirania. A tirania se esmaga, Pai, se esmaga”, diz Jefferson no vídeo, em que lê trechos da Bíblia.

Jefferson deixou o hospital exatamente no dia 14, passou pelo Instituto Médico Legal e foi escoltado por policiais federais de volta ao Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na zona oeste da cidade do Rio de Janeiro. O ex-deputado recebeu alta em 6 de outubro, após 35 dias internado. A princípio, foi hospitalizado para tratar uma infecção urinária e, depois, passou por um cateterismo.

Na quarta-feira 13, Moraes manteve a prisão preventiva de Jefferson. Em 4 de setembro, o magistrado havia autorizado que o bolsonarista deixasse a prisão para se submeter ao tratamento médico, utilizando tornozeleira eletrônica. A decisão, no entanto, não revogava a prisão preventiva, cumprida desde 13 de agosto. Jefferson é acusado de participar de uma milícia digital que promove ataques à democracia.

Na semana passada, ao reforçar a decisão de setembro, Moraes escreveu que a prisão preventiva de Jefferson é “necessária e imprescindível à garantia da ordem pública e à instrução criminal”.

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