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Expectativa é de um corte de ‘0,5 para cima’ na Selic, diz Rui Costa

Para o ministro da Casa Civil, o corte de 1% anunciado no Chile indica que a projeção é viável

Expectativa é de um corte de ‘0,5 para cima’ na Selic, diz Rui Costa
Expectativa é de um corte de ‘0,5 para cima’ na Selic, diz Rui Costa
O ministro da Casa Civil, Rui Costa. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
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O ministro-chefe da Casa Civil do governo Lula, Rui Costa, projetou um corte superior a 0,5% na Selic na reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central, que ocorrerá nesta quarta-feira 2. A expectativa de Costa foi divulgada em entrevista do ministro ao site G1 nesta segunda-feira 31.

“A minha expectativa é de 0,5 para cima”, disse. “O Chile tirou 1 agora”, argumentou o ministro.

Desde agosto de 2022 o BC não muda o índice de 13,75%, apesar de indicadores como a inflação terem melhorado nos últimos meses. A postura da autoridade monetária provoca revolta em ministros e no presidente Lula, que veem o nível da Selic como um obstáculo para o crescimento econômico.

A projeção de Costa, publicizada nesta segunda, está em linha com o que afirmou Fernando Haddad, ministro responsável pela condução econômica no atual governo. Para ele, há “muito espaço para um corte de 0,5 ponto percentual”. Haddad argumentou que sua avaliação leva em conta a elevação das notas de crédito do Brasil em duas agências importantes, a Fitch e a DBRS.

A mesma projeção de uma queda maior do que 0,5 nos juros foi feita pela ministra do Planejamento e Orçamento Simone Tebet e pelo ministro do Trabalho Luiz Marinho. O deputado Zeca Dirceu, líder do PT na Câmara, fez coro ao grupo em entrevista a CartaCapital na sexta-feira. Na conversa, disse que Roberto Campos Neto deverá ser retirado do cargo se o corte esperado não for colocado em prática.

O Copom, como mencionado, anunciará nesta quarta-feira a decisão sobre a manutenção ou alteração da taxa básica de juros, a Selic. A sinalização é de que um corte será promovido. Há, porém, uma ala que vislumbra uma redução de apenas 0,25% na taxa. Conforme mostrou CartaCapital neste domingo, a redução tímida não será bem recebida pelo governo federal.

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