CartaExpressa

Ex-ministro de Bolsonaro e militar da reserva, Bento Albuquerque pede salário retroativo de R$ 332 mil

Ex-ministro de Minas e Energia, que é investigado no caso das joias, argumenta que condição de militar da reserva lhe permita ultrapassar o teto de remuneração dos servidores

Ex-ministro de Bolsonaro e militar da reserva, Bento Albuquerque pede salário retroativo de R$ 332 mil
Ex-ministro de Bolsonaro e militar da reserva, Bento Albuquerque pede salário retroativo de R$ 332 mil
O ex-ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. Foto: Alan Santos/PR
Apoie Siga-nos no

Ministro de Minas e Energia do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o almirante Bento Albuquerque pediu na Justiça que a União lhe pague 332 mil reais, que ele considera que deixou de ganhar por não ter extrapolado, quando ministro, o teto dos servidores federais. A informação foi publicada nesta terça-feira 19 pelo portal Metrópoles.

De acordo com a publicação, Albuquerque argumenta na Justiça que deveria ter recebido, simultaneamente, os salários de Ministro de Estado e de militar da reserva. Ele foi um dos nomes mais duradouros do governo Bolsonaro, ficando no governo anterior entre janeiro de 2019 e maio de 2022.

Por lei, nenhum servidor público deve receber acima do teto constitucional, que era de 39 mil reais mensais à época em que Bento Albuquerque foi ministro. Entretanto, a regra é relativizada no caso de militares, graças a uma portaria do governo Bolsonaro, de 2021, que concedeu o direito a remunerações acima do teto para militares da reserva.

O caso, que foi iniciado ainda no governo Bolsonaro, é julgado pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Em dezembro do ano passado, a Advocacia-Geral da União (AGU) se manifestou no processo, dizendo que o pedido de Bento Albuquerque não tem procedência.

O ex-ministro de Bolsonaro é uma peça importante nas investigações sobre o caso das joias. Ainda em abril, ele admitiu à Polícia Federal (PF) que não comunicou a entrada no país das joias recebidas por Bolsonaro para a Receita Federal. Foi na bagagem dele e de seus auxiliares que os principais itens do escândalo vieram escondidos.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo