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Ex-diretor da PF diz que não se lembra se Bolsonaro mandou investigar o caso Covaxin

A PF também se recusou a divulgar informações sobre o episódio

O presidente Jair Bolsonaro. Foto: Evaristo Sá/AFP
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O ex-diretor da Polícia Federal Rolando Alexandre de Souza afirmou, nesta quarta-feira 23, que não se lembra se o presidente Jair Bolsonaro cobrou do órgão uma investigação sobre irregularidades na compra da Covaxin, vacina indiana que entrou na mira da CPI da Covid e do Ministério Público Federal.

“Desculpe, mas não vou parar pra pensar. Tem que ver na polícia. Se me perguntar o que chegou e o que não chegou, eu não vou lembrar”, disse Rolando ao jornal O Globo.

Questionada pelo veíulo, a PF disse que não divulga comentários sobre eventuais investigações.

Mais cedo, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, encerrou uma entrevista no Palácio do Planalto após ser questionado sobre a Covaxin.

“Todas as vacinas que têm registro definitivo da Anvisa o ministério considera para aquisições. Então esperamos esse tipo de posicionamento para tomar uma posição acerca não só dessa vacina, mas de qualquer outra vacina que obtenha registro emergencial ou definitivo, porque já temos hoje número de doses de vacinas contratadas acima de 630 milhões, e o governo federal tem feito a campanha de vacinação acelerar. Em setembro, teremos todos os brasileiros acima de 18 anos vacinados com a 1ª dose e, até o final do ano, teremos a população brasileira acima de 18 anos vacinada”, disse Queiroga.

Indagado por um jornalista se o governo de Jair Bolsonaro compraria o imunizante com um preço acima da média, Queiroga foi ao ataque.

“Eu falei em que idioma? Falei em português. Então, não foi comprada uma dose sequer da vacina Covaxin, nem da Sputnik. Futuro é futuro”.

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