Embaixada do Brasil nos EUA diz que Olavo de Carvalho ‘liderou a conversão de milhares à fé’

Segundo a embaixada, o autoproclamado filósofo era 'admirado por proeminentes intelectuais' e 'forneceu oxigênio ao discurso público brasileiro'

O autoproclamado filósofo Olavo de Carvalho. Foto: Reprodução

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A Embaixada do Brasil nos Estados Unidos publicou, nesta terça-feira 25, uma “nota de pesar” pela morte do autoproclamado filósofo Olavo de Carvalho, guru bolsonarista.

Entre suas “incontáveis contribuições”, o órgão do governo de Jair Bolsonaro lista a ação de “inspirar e influenciar dezenas de milhares de estudantes e leitores – inclusive liderando vários à conversão à fé”.

Segundo a embaixada, Olavo era “admirado por proeminentes intelectuais” e “forneceu oxigênio ao discurso público brasileiro”.

Nesta terça, Bolsonaro decretou luto oficial de um dia pela morte de Olavo, que, a exemplo do ex-capitão, acumulou práticas negacionistas na pandemia, como sua defesa de medicamentos ineficazes, seus ataques a medidas para controlar a disseminação da Covid e sua ironia sobre a gravidade da doença.

Filha de Olavo, Heloísa de Carvalho diz que o pai morreu em decorrência da coronavírus. “Olavo morreu de Covid, não tem como eu sentir grande tristeza pela morte dele, mas também não estou feliz. Sendo sincera comigo e meus sentimentos”, escreveu nas redes.

Por sua vez, o médico particular do autoproclamado filósofo, Ahmed Youssif El Tassa, nega que a morte tenha sido provocada pela Covid. Ele afirma que o escritor morreu em decorrência de insuficiência respiratória aguda causada por quadro de enfisema pulmonar associado à insuficiência cardíaca congestiva, à pneumonia bacteriana e a uma infecção generalizada.


Olavo  era investigado no Brasil, suspeito de incentivar ‘desobediência civil’. Após um período internado em São Paulo, deixou o País “à francesa” ao saber que seria intimado pela Polícia Federal.

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