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Em debate sobre Lava Jato, Aras liga crise dos fertilizantes ao ‘Estado policialesco’
O PGR mencionou especificamente o fim das atividades nas fábricas de fertilizantes de Laranjeiras (SE) e Camaçari (BA), em 2018

O procurador-geral da República, Augusto Aras, criticou nesta segunda-feira 7 o “Estado policialesco” que atuou no Brasil ao longo dos últimos anos. Esse processo teve, segundo o chefe do Ministério Público Federal, “a contribuição das instituições do sistema de Justiça”, como parte do MP, da Polícia e do Judiciário.
“Vimos exatamente com a proposta de encaminhamento de medidas que levaram ao débâcle da política e da economia do País”, afirmou Aras em evento promovido pelo site Consultor Jurídico. No debate, intitulado “O combate ao crime além da Lava Jato“, o PGR também ligou o “Estado policialesco” à crise dos fertilizantes, potencializada pelos conflitos entre Rússia e Ucrânia.
Segundo Aras, o agronegócio brasileiro está sob ameaça porque o País não teve, nos últimos anos, “o desenvolvimento da exploração dos elementos essenciais aos fertilizantes”, em razão, também, “de toda a crise econômica associada à Covid”.
Os insumos, prosseguiu o PGR, eram produzidos pela Petrobras, mas o País sofreu com o fechamento de unidades da estatal. Ele mencionou especificamente o encerramento das atividades nas fábricas de fertilizantes de Laranjeiras (SE) e Camaçari (BA), em 2018.
Na última sexta 4, o Ministério do Comércio e Indústria da Rússia recomendou que os produtores de fertilizantes do país suspendam as exportações. Grosso modo, o Brasil importa 85% dos fertilizantes que utiliza e, desse montante, a Rússia responde por 23%. Além disso, o Brasil é o maior importador mundial de fertilizantes e o quarto maior consumidor, atrás de China, Índia e Estados Unidos.
“Nós estamos agora pagando uma conta que poderia não ser paga se nós tivéssemos uma economia preservada desde sempre, sem o escândalo da corrupção, que contou com o apoio de certos segmentos da mídia relevante e militante”, acrescentou o procurador-geral.
Ao criticar os métodos aplicados na Lava Jato, Aras também citou medidas como a condução coercitiva, parte de um conjunto de ações executadas “a pretexto de combate à corrupção que atentarão sempre contra o devido processo legal”.
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