Na semana passada, Rodrigo Amorim, deputado estadual pelo Rio de Janeiro, e Daniel Silveira reeditaram a fotografia tirada em 2018 em que a dupla se orgulha de ter quebrado uma placa de sinalização com o nome da parlamentar Marielle Franco, morta a tiros em março daquele ano. A informação é da revista Veja.
O registro foi feito no gabinete do deputado, onde metade da placa está emoldurada. Ao fundo, é possível identificar uma foto do senador Flávio Bolsonaro, ao lado de um fuzil.
“Eu e Silveira continuamos muito alinhados, tomando decisões em conjunto. Nunca nos arrependemos do gesto, mesmo criticado, porque sempre deixamos claro que a nossa questão era com o Psol, que explorava e ainda explora esse episódio lamentável do assassinato covarde da vereadora. Nosso gesto foi de restauração da ordem e está mais do que provado que, para as mulheres, a ordem é preferível ao caos”, alegou o deputado.
Daniel Silveira foi preso em fevereiro de 2021 por ataques ao Supremo Tribunal Federal. Ainda preso, se filiou ao PTB, partido de Roberto Jefferson, para tentar uma vaga no Senado. Silveira teria recebido um áudio de apoio a sua candidatura do presidente Jair Bolsonaro.
Na época do ato, o senador Flávio Bolsonaro se alinhou à dupla, afirmando que a retirada da placa tinha como objetivo “reestabelecer a ordem”, alegando que a placa poderia causar desorientação na cidade.
Na foto tirada em 2018 também estava presente Wilson Witzel (PSC), governador cassado do Rio de Janeiro em 2021 por suspeitas de corrupção. Após ter sido eleito, Witzel se desculpou pelo ato.
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