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Duas em cada três investigações por assédio sexual terminam sem punição na administração pública
65,7% das investigações finalizadas acabam sem a indicação de punição ao agressor
Dois em cada três processos de investigação por assédio sexual na administração pública terminam sem punição. Os dados são da Controladoria Geral da União e foram enviados a pedido da Folha de S. Paulo.
Entre 2008 a junho de 2022 foram instaurados 905 processos para apurar situações de assédio. Destes, 633 foram concluídos e 272 ainda estão em andamento. Entre os finalizados, 432 ficaram sem punição, o que representa 65,7% do total. Os casos que chegaram à demissão do agressor são 95, à suspensão foram 90 e advertência totalizaram 41.
A soma das penalidades, incluindo os casos em que elas não foram aplicadas, é maior que o número total de casos, pois algumas apurações envolvem mais de um agente público.
Os dados da CGU referem-se a processos instaurados no âmbito da administração direta, como ministérios, universidades e agências reguladoras.
O caso da Caixa Econômica Federal que levou à saída do presidente Pedro Guimarães, por exemplo, não está contido na contagem.
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