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Dois homens são presos por suspeita de envolvimento no assalto contra ex-sogros de Bolsonaro
O crime ocorreu no último domingo, 24 de agosto; suspeitos foram capturados nesta sexta-feira
A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu, na tarde desta sexta-feira 29, dois homens suspeitos de envolvimento no assalto à casa dos ex-sogros de Jair Bolsonaro (PL). No crime, ocorrido no último domingo 24, em Resende, três homens fizeram os idosos e a ex-esposa de Bolsonaro, Rogéria, de reféns. Eles levaram joias, celulares e um carro.
Rogéria foi casada com Bolsonaro entre 1978 e 1999. Com o ex-presidente, teve três filhos: Flávio, Eduardo e Carlos. Apesar do divórcio conturbado, ela seguiu se definindo como apoiadora fiel do ex-capitão.
Segundo os relatos colhidos no dia do crime, o assalto teria durado cerca de uma hora. No período, os avós e a mãe dos três filhos de Bolsonaro teriam sido amarrados e tido as bocas fechadas por fita adesiva. O carro da família foi encontrado naquele mesmo dia.
“A Polícia Civil conseguiu traçar o percurso dos suspeitos durante a fuga, localizou o veículo utilizado, realizou sobrevoos com drones e campanas na região, e contou com a ajuda de um dos telefones das vítimas descartado pelos criminosos em uma área de mata para identificar os envolvidos”, explicou Michel Floroschk, o delegado responsável pelo caso, ao site G1.
A identidade dos presos não foi divulgada pela Polícia, que informou ter levado a dupla para a delegacia de Resende e colocado os suspeitos “à disposição da Justiça”. De acordo com o G1, eles teriam confessado, ainda durante a abordagem, participação no crime. Armas e outros itens como balaclavas foram encontradas no local em que eles estavam e apreendidas pelos policiais. As investigações seguem.
Nas redes, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) celebrou a prisão dos suspeitos do assalto contra sua mãe e avós e voltou a insinuar que o crime teria tido motivações políticas. “O crime ainda soa muito estranho para mim. Tenho convicção de que não foi um simples assalto, mas as investigações é que dirão”, anotou o político sem, no entanto, se aprofundar na afirmação. A Polícia não comenta a tese citada pelo parlamentar.
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