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Diretor-geral da PF acusa governo Bolsonaro de interferência política na corporação

Andrei Rodrigues disse que, ao assumir a Polícia Federal, o clima era de ‘instabilidade’

Créditos: José Cruz / Agência Brasil
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O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou nesta sexta-feira 24 que, ao assumir o comando da corporação, notou “instabilidade e interferência política” durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).

“Eu me refiro especialmente à instabilidade e à interferência política na nossa instituição, na gestão anterior, no último governo”, disse, à CNN Brasil, ao mencionar as constantes trocas no comando da PF sob a gestão do ex-capitão.

“Nós tivemos quatro diretores-gerais, cinco se considerarmos um que não conseguiu assumir por decisão judicial [Alexandre Ramagem]. E nenhuma empresa ou instituição se sustenta, pode ser produtiva, com tamanha alternância, porque isso implica mudança de diretores, de superintendentes, bloqueio de muitas ações que são feitas, de projetos. Aí começa tudo do zero e daqui a um ano muda tudo de novo.”

Mauricio Valeixo foi exonerado do cargo quando o então ministro da Justiça, Sergio Moro, que o havia indicado, saiu do governo, acusando Bolsonaro de interferência na PF. Ele foi substituto por Rolando Alexandre, nome de confiança de Bolsonaro, posteriormente trocado por Paulo Maiorino, indicado por Anderson Torres, à época responsável pela Justiça.

Ramagem chegou a ser indicado para assumir a direção da PF, mas foi barrado pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF.

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