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Dilma critica ‘silêncio generalizado’ sobre ataques machistas do MBL no golpe de 2016

Segundo a ex-presidenta, a manifestação de Arthur do Val sobre as ucranianas demonstra o ‘ódio, a violência e o desrespeito à mulher’

A ex-presidenta Dilma Rousseff (PT). Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
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A ex-presidenta Dilma Rousseff criticou nesta terça-feira 8 o deputado estadual Arthur do Val, recém-desfiliado do Podemos de São Paulo, por suas declarações machistas sobre mulheres ucranianas.

Houve, segundo a petista, a manifestação “mais deplorável de ódio, de violência e de desrespeito à mulher”. Ela questionou, também, a falta de reação a declarações misóginas de membros do MBL durante o processo que levou ao golpe de 2016.

“É desqualificado, nefasto. Ele mostra tudo o que há de mais corrupto, no sentido amplo da palavra, no patriarcalismo misturado com escravidão e neoliberalismo e, no caso dele, neofascismo também, um componente grande”, disse Dilma durante evento promovido pelo PT no Dia Internacional da Mulher.

No processo de impeachment, prosseguiu a ex-presidenta, “as frases características do MBL para me qualificar foram ‘burra’, ‘vagabunda’, ‘prostituta’, ‘vai para casa’, ‘vai para o tanque’.

“E aí pairou um silêncio generalizado. Naquele momento, o MBL foi ultravalorizado”.

Para Dilma, “a dupla moral é esclarecedora também do fato de que a imprensa não adota sempre padrões de tratamento adequados às mulheres, só quando lhe interessa”.

Nesta terça, o Podemos acatou o pedido de desfiliação apresentado por Arthur do Val, que estava na legenda há cerca de 30 dias. Além disso, o deputado estadual é alvo de 12 representações na Alesp que pedem a cassação de seu mandato. Um dos pedidos traz a assinatura de 17 deputados de cinco partidos, da esquerda à direita.

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