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Deputados acionam STF e Conselho de Ética contra Eduardo Bolsonaro após ataque a professores

Luciene Cavalcante apresentou uma notícia crime à Corte, enquanto Guilherme Boulos decidiu pedir a cassação do bolsonarista

Eduardo Bolsonaro discursa em evento armamentista no Distrito Federal
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Deputados do PSOL protocolaram ações contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) após ele comparar “professores doutrinadores” a traficantes.

Luciene Cavalcante (SP) ingressou com uma notícia-crime e uma queixa-crime no Supremo Tribunal Federal. Nas peças, ela aponta que as declarações são “um convite para que os ouvintes ajam contra os professores, para que os impeçam de lecionar conteúdos que não sejam aceitos pela sua visão de mundo”.

A parlamentar ainda frisa que as afirmações, proferidas em um evento pró-armas de fogo, ocorrem no momento em que o País sofre com recorrentes ataques violentos a escolas e professores.

Já o deputado Guilherme Boulos (SP) decidiu apresentar um pedido de cassação de Eduardo ao Conselho de Ética da Câmara.

“É sintomático que essa declaração venha daqueles que passaram quatro anos destruindo a educação e combatendo o papel dos professores na sociedade brasileira”, criticou. “Não podemos normalizar esse tipo de fala repugnante vinda da escória. Felizmente, para o azar do deputado e de todos os demais milicianos, hoje o Brasil tem governo – e não mais um bando de gangsters passeando de motocicleta. Por isso, seguiremos trabalhando para valorizar os professores.”

Os deputados do PT em Minas Gerais, Beatriz Cerqueira e Rogerio Correia, encaminharam ao Ministério Público Federal um pedido de instauração de inquérito contra o deputado por calúnia, difamação e incitação ao crime. De acordo com a representação, a fala de Eduardo Bolsonaro é pautada em discurso extremista de ódio, contraria a liberdade constitucional de cátedra e pode ser enquadrada como crime previsto no Código Penal.

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