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CPMI do 8 de Janeiro aprova a convocação do hacker Walter Delgatti

Segundo a relatora, os ‘fatos preparatórios’ para os atos golpistas merecem atenção especial

A senadora e relatora da CPMI do 8 de Janeiro, Eliziane Gama. Foto Lula Marques/Agência Brasil
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A CPMI do 8 de Janeiro aprovou nesta quinta-feira 3 a convocação do hacker Walter Delgatti Neto, preso na quarta 2 pela Polícia Federal. A data do depoimento ainda não foi agendada.

A operação da PF, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, cumpriu uma ordem de prisão preventiva contra Delgatti e cinco mandados de busca e apreensão contra ele e a deputada Carla Zambelli (PL-SP).

A ação apura a invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça em janeiro deste ano, com a inserção de documentos falsos no Banco Nacional de Mandados de Prisão.

O pedido de convocação de Delgatti partiu da relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA). Segundo ela, “os fatos preparatórios dos atos do dia 8 de Janeiro de 2023 merecem atenção especial durante o processo de investigação”.

Por isso, prossegue a relatora, a oitiva de Delgatti “poderá auxiliar esta Comissão a esclarecer como a Deputada Carla Zambelli atuou de modo a questionar a legitimidade do sistema eleitoral brasileiro nas eleições de 2022”.

Conforme noticiou CartaCapital, Jair Bolsonaro também deve ser chamado a depor à PF, uma vez que ele foi citado por Delgatti em oitiva. O hacker afirmou ter se reunido com o ex-presidente no Palácio da Alvorada para discutir sobre as urnas eletrônicas.

Segundo Delgatti, Bolsonaro perguntou a ele se conseguiria invadir as urnas caso estivesse em posse do código-fonte.

Diz um trecho do depoimento: “QUE apenas pode afirmar que a Deputada CARLA ZAMBELLI esteve envolvida nos atos do declarante, sendo que o declarante, conforme saiu em reportagem, encontrou o ex-Presidente JAIR BOLSONARO no Palácio do Alvorada, tendo o mesmo lhe perguntado se o declarante, munido do código fonte, conseguiria invadir a Urna Eletrônica, mas isso não foi adiante, pois o acesso que foi dado pelo TSE foi apenas na sede do Tribunal, e o declarante não poderia ir até lá”.

Alexandre de Moraes estabeleceu um prazo de 30 dias para a Polícia Federal analisar o material apreendido com Carla Zambelli.

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