Condenação de Bolsonaro é resposta legítima do Estado à distorção perversa da verdade, diz Celso de Mello

O ex-ministro do STF vê a decisão do TSE como um 'veto contundente e repulsa enérgica da ordem democrática à disseminação da mentira'

CELSO DE MELLO, EX-DECANO DO STF. FOTO: NELSON JR./STF

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O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Celso de Mello afirmou que a condenação de Jair Bolsonaro a oito anos de inelegibilidade, imposta pelo Tribunal Superior Eleitoral, é uma “resposta legítima do Estado aos que ousam transgredir a ética do Direito e do poder, além de constituir advertência severa aos que maculam a sacralidade da Constituição”.

Mello também avaliou, em nota, que a decisão do TSE representa “veto contundente e repulsa enérgica da ordem democrática à disseminação da mentira, à manipulação fraudulenta e à distorção perversa da verdade (‘fake news‘) e ao repúdio do uso abusivo do poder político como instrumentos ilícitos de conquista ou de preservação de mandatos eletivos”.

A ação julgada pelo Tribunal mirava a reunião promovida com embaixadores em julho de 2022. Na agenda, transmitida pela TV Brasil, o então presidente repetiu mentiras sobre o sistema eleitoral e atacou instituições.

Votaram para condenar o ex-capitão:

  • Benedito Gonçalves (relator)
  • Floriano de Azevedo Marques
  • André Ramos Tavares
  • Cármen Lúcia
  • Alexandre de Moraes

Votaram para absolver Bolsonaro:

  • Raul Araújo
  • Kassio Nunes Marques

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