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Comandante do Exército diz que frase sobre Lula ter sido ‘infelizmente’ eleito foi tirada de contexto

O general Tomás Paiva substituiu Júlio Cesar de Arruda após o 8 de Janeiro

Foto: Reprodução
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O comandante do Exército, general Tomás Ribeiro Paiva, ligou para o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, a fim de explicar suas declarações sobre a vitória do presidente Lula (PT) nas eleições de outubro. Ao ministro, o militar se disse alvo de “fogo amigo” e argumentou que as afirmações foram retiradas de contexto. O telefonema foi revelado pelo jornal O Estado de São Paulo e confirmado por CartaCapital.

As declarações de Ribeiro Paiva, obtidas pelo podcast Roteirices, foram concedidas durante uma reunião com oficiais do Comando Militar do Sudeste em 18 de janeiro.

“Não dá para falar com certeza que houve qualquer tipo de irregularidade [na eleição]. Infelizmente, foi o resultado que, para a maioria de nós, foi indesejado, mas aconteceu”, afirmou Ribeiro Paiva, naquela ocasião, no trecho que provocou polêmica.

O general assumiu o comando do Exército três dias após a reunião na qual o discurso foi gravado. Antes, apenas um trecho da declaração havia se tornado público – nele, o militar conclama os colegas a reconhecerem a vitória de Lula, rechaça a adesão de fardados a correntes políticas e diz que o Brasil passa “por um terremoto político”.

O Exército ainda não comentou o conteúdo da reunião. Na gravação, Ribeiro Paiva também lista uma série de interferências políticas de Jair Bolsonaro nas Forças Armadas e critica a condução de um processo interno contra o general Eduardo Pazuello.

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