A Controladoria-Geral da União concluiu nesta sexta-feira 17 a análise de 22 recursos ligados a cinco casos que questionavam sigilos impostos pelo governo Jair Bolsonaro (PL). Entre os temas analisados estão o processo disciplinar do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e o pedido de informação sobre o estoque de medicamentos e insumos da pasta.
No caso Pazuello, a CGU determinou que o Exército libere, em até 10 dias, a íntegra do processo. O general da reserva é acusado de violar o regulamento disciplinar da Força, a proibir a participação de militares em eventos de caráter político-partidário.
Sobre os pedidos relacionados ao estoque do Ministério da Saúde, o órgão decidiu que caberá à pasta decidir se divulga ou não as informações, hoje consideradas sigilosas. “Recomenda-se ao Ministério da Saúde que reavalie a pertinência da classificação, tendo em vista a presunção de interesse público geral e preponderante na divulgação à sociedade das informações solicitadas”, escreveu.
Em alguns casos, de acordo com a CGU, houve perda de objeto, isto é, quando as informações solicitadas foram fornecidas antes da análise feita pelo governo.
A reavaliação dos sigilos impostos foi determinada em 1º de janeiro pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que deu 30 dias para o órgão analisar as negativas via Lei de Acesso à Informação.
Confira os casos julgados pela CGU:
- Caso Eduardo Pazuello: o Exército tem 10 dias para disponibilizar a íntegra do processo disciplinar;
- Pedido de acesso ao estoque de medicamentos do Ministério da Saúde: por se tratar de informação sigilosa, a pasta deverá analisar se libera ou não os dados;
- Solicitação sobre processos licitatórios em hospitais militares: as informações foram divulgadas antes da análise;
- Informação sobre valor liberado para o consignado do Auxílio Brasil: os números já haviam sido divulgados pela Caixa Econômica Federal;
- Currículos de agentes públicos lotados no Ministério do Turismo: a pasta tem até 60 dias para liberar as informações.
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