O governador do Rio de Janeiro e pré-candidato à reeleição, Cláudio Castro (PL), afirmou não ver o risco de um golpe no Brasil em caso de derrota de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições presidenciais de outubro. Castro é o nome de Bolsonaro no pleito fluminense.
“Eu não enxergo nenhum elemento de golpe. Não vi nenhum ato que sugerisse golpe”, alegou o governador, nesta sexta-feira 20, durante sabatina promovida pelo UOL e pela Folha de S.Paulo. “O que vejo é um debate de ideias. A questão da urna eletrônica, nunca questionei, mas qualquer trabalho que possa ser feito no sentido de melhorar a segurança, entendo ser um trabalho positivo.”
Castro acrescentou que “as brigas fazem muito mal à democracia e ao País” e minimizou sua responsabilidade diante dos ataques de Bolsonaro às instituições.
“A mim, como governador, o papel que eu tenho colocado é sempre a possibilidade de ser um apaziguador, um mediador. Não acho que colocar lenha na fogueira de briga de ninguém seja o papel de um governador. O que tenho feito é zelar sempre pela democracia.”
Ao contrário do que afirma Castro, porém, Bolsonaro decidiu dobrar a aposta em declarações que tentam deslegitimar o processo eleitoral no Brasil. Na quinta-feira 19, em live nas redes sociais, voltou a mentir sobre a existência de uma “sala secreta” no Tribunal Superior Eleitoral para apurar os votos.
Também na quinta, ele declarou, durante viagem ao Rio de Janeiro, que as propostas das Forças Armadas para o pleito “não vão ser jogadas no lixo” e voltou a mencionar uma “sombra de suspeição”.
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