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Cármen rejeita suspender investigação sobre interferência da cúpula da PF na prisão de Milton Ribeiro
O pedido partiu de um dos delegados intimados a prestar depoimento pelo delegado Bruno Calandrini, responsável pela apuração
A ministra do Supremo Tribunal Federal Cármen Lúcia negou um pedido para suspender a apuração sobre possível interferência da cúpula da Polícia Federal na operação que levou o ex-ministro Milton Ribeiro à prisão.
A solicitação partiu de um dos delegados intimados a prestar depoimento pelo delegado Bruno Calandrini, responsável pela investigação sobre o escândalo no Ministério da Educação sob a gestão de Ribeiro.
Segundo Cármen Lúcia, “o pedido formulado – estranhamente dissociado do alegado constrangimento ilegal do paciente – é no sentido de se buscar o trancamento de um inquérito sobre diversas autoridades, que não o paciente, em curso neste Supremo Tribunal”.
Calandrini determinou o indiciamento da cúpula da PF sob acusação de crimes na operação de prisão de Milton Ribeiro. No despacho, o delegado apontou que integrantes do comando da corporação atuaram para descumprir a ordem judicial de transferir o bolsonarista de Santos para Brasília após a prisão.
O delegado, então, imputou aos integrantes da PF os crimes de desobediência a ordem judicial, prevaricação, associação criminosa e cárcere privado. Foram alvos do indiciamento o diretor de Combate ao Crime Organizado da PF, Caio Pellim, número três na hierarquia da corporação; o superintendente da PF de São Paulo, Rodrigo Bartolamei; o delegado Rapahel Astini, responsável por cumprir o mandado judicial de prisão; e outros policiais que atuaram no caso.
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