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Brasil ainda não iniciou trâmites para comprar vacinas contra a Covid para 2022

Na quarta-feira 25, o Ministério da Saúde afirmou que vai oferecer a terceira dose da vacina a idosos e imunossuprimidos

Foto: Andres LARROVERE / AFP)
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O governo federal ainda não definiu as negociações para comprar doses de vacinas contra a Covid-19 para o ano que vem. No contexto da variante Delta e da terceira dose em grupos mais vulneráveis, algumas nações já se anteciparam nas tratativas, segundo informações do jornal O Globo com base em levantamento realizado por uma consultoria britânica de análise de dados.

Israel, Reino Unido, Canadá, Suíça, Austrália, Indonésia, Estados Unidos, Argentina, Japão, Taiwan e também a União Europeia. Alguns países já chegam a garantir doses para 2023 e até 2025.

No Brasil, o cenário ainda é incerto. O Instituto Butantan, responsável pela Coronavac, afirmou à reportagem que não há tratativas em andamento para 2022.O mesmo vale para a Butanvac vacina que se encontra em fase de testes clínicos com a participação de voluntários e que teria que ter autorização de uso por parte da Anvisa.

Já a Fiocruz, que mantem acordo com a biofarmacêutica Astrazeneca para produzir no Brasil a vacina desenvolvida pela universidade de Oxford,  afirmou que tem capacidade para oferecer 180 milhões de doses no ano que vem e que caso a demanda seja superior pode avaliar a exportação por meio de organismos internacionais, como a Organização Pan-americana de Saúde (Opas).

A reportagem de O Globo procurou ainda os laboratórios da Pfizer que disse que não comenta negociações com o governo. A Janssen, por sua vez, disse que não tem informações sobre negociações para 2022.

Na quarta-feira 25, o Ministério da Saúde afirmou que vai oferecer a terceira dose da vacina contra a Covid-19 a partir de 15 de setembro, a idosos com mais de 70 anos e imunossuprimidos. A indicação é aos idosos que completaram o ciclo vacinal há seis meses; serão utilizadas preferencialmente vacinas da Pfizer, mas também poderão ser utilizadas AstraZeneca e Janssen.

A definição das estratégias acerca da dose de reforço é fundamental para que o Plano Nacional de Imunização saiba quantas doses serão necessárias e consiga prever a demanda para 2022.

Na terça-feira 24, o ministro da Ciência e Tecnologia Marcos Pontes prometeu uma ‘vacina 100%’ nacional até o final do ano e disse que para o ano que vem não serão necessárias vacinas importadas. A declaração foi feita durante entrevista do presidente Jair Bolsonaro à rádio Farol, de Alagoas.

“Até o final do ano talvez nós possamos ter uma vacina nacional em abertura na fase 3, já podendo entrar no plano nacional de imunização. Mas para o ano que vem, com certeza, não precisaremos de vacinas importadas, teremos todas as vacinas nacionais”, garantiu o ministro.

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