O presidente Jair Bolsonaro ganhou o antiprêmio Fóssil da Semana, concedido pela rede Climate Action, aos países que, na análise da instituição, mais prejudicaram as negociações climáticas na Cop-26, em Glasgow, na Escócia.
A ‘premiação às avessas’ foi concedida ao chefe do Executivo depois que ele ironizou as críticas à sua ausência na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas e ainda criticou a índia brasileira Txai Suruí, de 24 anos, que discursou na abertura da Conferência.
“Estão reclamando que eu não fui para Glasgow. Levaram uma índia para substituir o Raoni e atacar o Brasil. Alguém viu algum alemão atacando a energia fóssil da Alemanha? Ou a França? Ninguém critica o próprio país. Só aqui”, declarou Bolsonaro, que, durante o encontro de lideranças mundiais, optou por se encontrar com políticos do partido de ultradireita Liga, na Itália, após participar da cúpula do G20.
Txai é filha de Almir Suruí, uma das lideranças indígenas mais reconhecidas na luta contra o desmatamento na Amazônia. Em seu pronunciamento durante a COP-26, a fundadora e coordenadora do movimento da Juventude Indígena de Rondônia criticou os garimpos ilegais em terras indígenas na Amazônia.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login