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Bolsonaro diz que pode descartar aumento de ministros do STF, se a Corte ‘baixar a temperatura’
O presidente voltou a fazer críticas aos ministros do STF e afirmou que não há isenção nas decisões do Supremo
O presidente Jair Bolsonaro disse, neste domingo 9, que deve decidir sobre um possível aumento de ministros do Supremo Tribunal Federal após as eleições, e que decisão vai depender da ‘temperatura’ na Corte.
Em entrevista a um canal no Youtube, Bolsonaro fez uma conta onde considerou favorável à sua figura os dois ministros do STF sob sua indicação, Kassio Nunes Marques e André Mendonça, e ainda mencionou duas outras vagas no próximo mandato, após a aposentadoria de Rosa Weber e Ricardi Lewandowski.
“Se eu for reeleito, e o Supremo baixar um pouco a temperatura, já temos duas pessoas garantidas lá [Nunes Marques e André Mendonça], tem mais gente que é simpática à gente, mas já temos duas pessoas garantidas lá, que são pessoas que não dão voto com sangue nos olhos, tem mais duas vagas para o ano que vem, talvez você descarte essa sugestão”, afirmou Bolsonaro.
“Se não for possível descartar, você vê como é que fica. Você tem que conversar com o Senado também a aprovação de nomes. Você tem que conversar com as duas Casas a tramitação de uma proposta nesse sentido. E está cara que muita gente do Supremo vai para dentro da Câmara e do Senado contrário, porque se você aumenta o número de ministros do Supremo, você pulveriza o poder deles. Eles passam a ter menos poder e lógico que não querem isso”, completou.
Ainda durante a entrevista, o presidente voltou a fazer críticas aos ministros do STF e afirmou que não há isenção nas decisões do Supremo, citando também a recente decisão do TSE que o proíbe de fazer lives dentro do Palácio do Alvorada.
“Os caras têm lado político, os caras decidem. Qualquer ação no Supremo, TSE, dá ganho de causa para o outro lado. Não tem isenção nisso tudo”.
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